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Sobre

Dona de um olhar poético sobre o mundo

Produtora cultural, poeta, escritora, doceira, fotógrafa e dona de um olhar poético fértil e amplo sobre as pessoas e o mundo, suas belezas e seus escombros. Sempre em busca de uma verdade própria, que me representasse, encontrei no olhar poético minha definição e meu propósito. Encontrei esse olhar em tudo o que realizei e produzi, tanto na escrita quanto nas relações, histórias, imagens e comidas, retratando assim, minha maneira de ver o mundo e de ser nesse mundo.

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História

A escrita sempre esteve presente em minha vida. Desde que sou capaz de recordar, estive cercada de livros, papéis e canetas, lendo e escrevendo. Até hoje encontro em caixas e baús onde guardo minhas memórias, cartas, bilhetes, diários, pedaços de pensamentos rabiscados, expressados e guardados por uma necessidade tão pura quanto urgente, que sempre tive, de me expressar da forma mais plena possível. Mesmo hoje, quando tenho algo importante a dizer, algo que me fala tão fundo, que me afeta e abala, escrevo antes. É, para mim, a maneira mais pura, mais verdadeira e mais clara que tenho, de me expressar. 

Cresci no sul do país, em uma cidadezinha à beira mar, chamada Antonina. Cidade localizada no litoral norte do estado do Paraná, a 82 km da capital, Curitiba. Região de estuário, de natureza fértil e exuberante. Por crescer em um lugar como esse, onde todos se conhecem, cresci em meio a diversas e variadas referências. 


Cresci em um bairro simples, chamado Caixa D’Água. Vivendo no conforto de uma casa boa, em uma pequena chácara, cercada de realidades bem diversas à minha e que fizeram parte da construção do meu mundo, como parte da imensa família afetiva que acabei construindo em cada um dos meus caminhos. E, hoje, percebo, que essa infância, essas vivências, e a pessoa incrível que me criou, que me ensinou cada um desses valores que para mim sempre foram absolutamente naturais, minha mãe, me possibilitaram a construção de um olhar poético sobre o mundo, de um olhar que me permite ver a realidade, analisá-la, entendê-la, procurar e encontrar nela, em cada uma dessas realidades, um propósito, um caminho para o futuro, e uma beleza a reproduzir e espalhar.

Lembro que eu costumava dizer que, quando crescesse, queria ser dona de circo e palhaça, o que, traduzido para a minha realidade atual, acabei realizando, pois como produtora cultural, organizo, produzo, viabilizo a realização de projetos, meus ou de outras pessoas, e “dona de circo” se encaixa bem nesse perfil, e como escritora e poeta, me exibo, me exponho, mostro para o mundo facetas escondidas, lágrimas e risadas internas, questionamentos, “palhaça” em sua forma mais essencial.


Nesse universo onde cresci, que exponho aqui como uma reflexão de onde encontrei elementos para a construção de um olhar poético, do meu olhar poético, de uma visão sobre o mundo, sobre as pessoas e sobre cada lado obscuro e/ou belo da vida, encontrei uma fonte inesgotável de referências e de inspirações para minhas poesia e postura diante do mundo e da vida. 


Cheiros, memórias, sabores, lendas, histórias, superstições, cresci cercada de muitas. O sabor de uma pitanga madura colhida do pé; ser criança, pular da cama pelas manhãs e sair para o quintal para colher meu café da manhã; mula sem cabeça, tesouros piratas, saci, lobisomem, todas essas histórias eram críveis no universo em que eu vivia. O sétimo filho homem da vizinha era lobisomem. E, quando ao longe, ouvia-se um uivo, de cachorro, de lobo, fosse em lua cheia ou não, acreditávamos piamente ser o menino transformado em lobisomem. 


Esse local, essa época, essas pessoas tão cercadas de poesia, de beleza e da leveza com que a vida era levada ali, naqueles dias me constituíram, fazem parte de mim e do que me tornei, da minha forma de olhar o mundo e traduzí-lo Já nessa época percebi, a leveza, uma vida mais cheia de poesia, tem a capacidade de transformar pessoas, que torná-las a sua melhor versão.
 

Por diversas vezes comecei a escrever livros, a registrar lembranças em vivências, em simples anotações, até começar a transformá-las em histórias, contos, textos de ficção ou poesias perdidas nos cadernos que volta e meia venho visitar.

Entender que o meu mundo é a construção de quem eu desejo ser, do que desejo construir e de como utilizar o conhecimento, as vivências e ferramentas que possuo para isso, é entender que sou feita das experiências que vivi, dos sentimentos e sensações que me permiti criar, e de como usei cada uma dessas coisas para me transformar. Meu mundo está em cada poesia, em cada rabisco, em cada bilhetinho que escrevi.

Seja bem vindo, pode entrar, e nem precisa bater.

Meu universo poético.

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